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quinta-feira, 25 de março de 2010

Seja esposa e não mãe dele!

As leitoras, amigas e recém-casadas pediram e nós providenciamos a nossa dica de convivência a dois!

São raras as esposas que nunca passaram por isso: serem “confundidas” com as mães de seus maridos, por eles mesmos!

Os primeiros sinais acontecem ainda durante o namoro, quando o homem acha que a namorada deve lavar suas roupas ou simplesmente aprender a fazer a comidinha que ele mais gosta, do jeito que a mãe dele faz. No início parece tudo muito normal, afinal faz parte da natureza feminina querer agradar a quem ama. Mas, cuidado meninas! Há um perigo iminente...

Depois de casado, é comum que o homem busque na esposa os traços de sua mãe, afinal, durante anos foi ela quem fez tudo por ele e para ele. Mas é nesse momento que a mulher deve “reeducar” o marido, deixando claro que tem sua própria maneira de conduzir a casa e que seu papel é bem diferente do papel da mãe dele. Especialmente nos dias de hoje em que homens e mulheres precisam dividir tarefas domésticas, responsabilidades, despesas etc., já não há mais espaço para a esposa puramente maternal, que fica "no portão esperando o marido chegar" (como na música de Chico Buarque), com a mesa posta para o jantar. Até porque, no cenário contemporâneo ambos trabalham o dia inteiro, até mais tarde, estudam à noite etc.

Nossa leitora Alessandra (nome fictício) relata:

"Realmente esse é um grande desafio na vida a dois. Acho raríssimos homens que não se acostumem com os mimos da mãe e andem com suas próprias pernas. Quem conhece algum?? rsrs

Eu sou casada há 4 meses e sempre vi essa tendência em meu marido desde a época do namoro. Tudo bem que ele nunca quis que eu lavasse suas roupas, mas sempre existiram uns mimos vindos da mãe que ele tentava reproduzir: "mô, bota meu prato?! Faz café pra mim". Quase nunca se dispunha a trabalhos simples do tipo: arrumar a cama. Frequentando a casa dele percebi o porque: tudo isso a mãe fazia. Ele acordava com o café pronto, com a mãe prontamente vindo arrumar sua cama, colocando o prato na hora do almoço pra ele não passar da hora de comer, etc. Um dia tive que ouvir um absurdo vindo da mãe dele. Cheguei na casa deles pela manhã, ele tinha saído e ela disse: "seu namorado saiu que nem arrumou a cama, vá lá arrumar a cama de seu amor". Na hora eu disse: "Mas não vou mesmo. Quem dormiu na cama foi ele, ele é que tem a obrigação. Esse tipo de mordomia não dou, não." Ela ficou sem graça e nunca mais fez insinuações do tipo.

Ou seja, normalmente a culpa não é deles. As mães já educam dessa forma, aí fica difícil. Mas eu não tenho nada a ver com isso, sou mulher, minha mãe me educou de outra forma (diferente da do meu irmão, lógico) e não tolero esse tipo de coisa. Desde o namoro começou o processo de re-educação. Já fui até criticada por meu pai, minha mãe (que sempre faz os gostos dele mesmo comigo brigando) e até meu irmão, que adora ver o circo pegando fogo, já disse: eita que ela não dá moleza.

Não estou dizendo que não mimo o meu marido, que sou carrasca. Coloco o prato dele quando chega cansado do trabalho e percebo que está merecendo, faço cafuné, dengo... Mas acho que tudo tem o seu limite. Cresci ouvindo reclamações de minha mãe acerca desse tipo de comportamento do meu pai. E acredito que esse desgaste interfere na relação. Enquanto se tem 4 meses de casada é lindo fazer esse tipo de coisa. Mas eu não me casei pra me separar daqui há 2 anos. Casei pra vida inteira. E acredito que ninguém tolera fazer os gostos de ninguém a vida inteira.

Então, fica a dica. Joguem duro com seus maridos desde sempre, mesmo no período onde tudo são flores, pra não ter que reclamar deles depois. ;-) "

Obviamente não há problema algum em servir o outro, cercá-lo de mimos e agrados, desde que haja retorno, que seja em mão dupla e que fique claro o papel de cada um na relação.

No final das contas, o que vale é manter a admiração pela pessoa com quem casamos e decidimos viver felizes, para sempre.

Por: Gleide Pereira

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