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terça-feira, 20 de abril de 2010

História da Lingerie!

A história da lingerie começa por volta do segundo milênio antes de Cristo. Em Creta, onde as mulheres usavam um corpete simples que sustentava a base do busto, projetando os seios nus.

Na Idade Média, surgiram os ancestrais do corselete e já no final da Idade Média, em torno do século XV, é que as mulheres nobres passaram a usar um largo cinto sob o busto que, além de sustentar os seios, faziam com que eles parecessem mais volumosos.

Do século XV ao XVI, a roupa íntima feminina ficou ainda mais rígida. É nesta época que surgiu o corps piqué, um corpete pespontado que apertava o ventre, afinava a cintura e deixava os seios com aspecto de cones. Esta peça era construída com uma haste, que muitas vezes era feita de madeira de buxo ou marfim. Havia, ainda, uma haste de metal central que, em alguns modelos, chegava a pesar até um quilo. No entanto, estes corpetes começaram a causar polêmica entre médicos esclarecidos, pois comprimiam órgãos internos, causando entrelaçamento de costelas e até a morte.


Somente no século XVIII é que as mulheres começam a respirar, literalmente, um pouco mais aliviadas. É que as hastes de madeira e metal foram substituídas pelas barbatanas de baleia. Os decotes aumentaram e os corseletes passaram a ser confeccionados para comprimir a base do busto, deixando os seios em evidência. Também foi nesta época que os corseletes ganharam sofisticação. Eram bem trabalhados com bordados, laços e tecidos adamascados. E, a partir de 1770, houve uma espécie de cruzada anti-espartilho. Médicos, escritores, filósofos militavam contra os corseletes.
Em 1832, o suíço Jean Werly abriu a primeira fábrica de espartilhos sem costuras. E, em 1840, foi lançado um modelo com um sistema de cordões elásticos. Isso permitia que a mulher pudesse, ela mesma, vestir e tirar a peça sozinha. Além do corselete, as roupas íntimas eram compostas por calças que chegavam até os joelhos, cheias de babadinhos.


A partir de 1900, o espartilho começou a se tornar mais flexível. Em 1904, a palavra soutien-gorge (sutiã) entrou no dicionário francês. E em 1913, Mary Phelps Jacob inventou o sutiã, vendendo a patente para a Warner Company. No ano seguinte, com o início da Primeira Guerra Mundial, a mulher teve que trabalhar nas fábricas. Isso fez com ela precisasse de uma nova lingerie que lhe permitisse movimentação. Por isso, o espartilho foi substituído pela cinta.

Nos anos 20, as roupas íntimas eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, calcinhas, combinações e espartilhos mais flexíveis. E a lingerie passou a ter outras cores, além do tradicional branco.
Em 1930, a Dunlop Company inventou um fio elástico muito fino, o látex. A roupa de baixo passou a ser fabricada em modelagens que respeitavam ainda mais a diversidade dos corpos femininos. E, a partir de 1938, a Du Pont de Nemours anunciou a descoberta do náilon. E as lingeries coloridas, finalmente, tornam-se bem populares.

Com o final da Segunda Guerra Mundial, o New Look do costureiro Dior, lançado em 1947, propunha a volta da elegância e dos volumes perdidos durante o período da guerra. Para acompanhar a nova silhueta proposta pelo costureiro, a lingerie precisava deixar o busto bem delineado e a cintura marcadíssima. Surgiram os sutiãs que deixavam os seios empinados e as cintas que escondiam a barriga e modelavam a cinturinha.

No final dos anos 50 e início dos 60, os fabricantes começaram a se interessar pelas consumidoras mais jovens. A Lycra foi lançada com sucesso, pois permitia os movimentos. A lingerie passou a ter diversos tipos de modelagens, embora, na maioria, ainda mantivesse os sutiãs estruturados.

No final dos anos 70 e início dos 80, a inspiração romântica tomou conta da moda. Cinta-liga, meias 7/8 e corseletes, sem a antiga modelagem claustrofóbica, voltaram à moda. Rendas, laços e tecidos delicados enfeitavam calcinhas e sutiãs.

Dos anos 90 até os dias de hoje, a lingerie, assim como a moda, não segue apenas um único estilo. A indústria de lingerie, por sua vez, elabora modelos cada vez mais sensuais e de materiais confortáveis. Transparências passaram a revelar belos soutiens e corseletes, usados até mesmo em ocasiões formais, reforçando que as roupas íntimas estão longe de servir apenas para manter a higiene e conforto das mulheres, mas sim para fazer parte da moda e do arsenal de sedução.


Fonte: Portal São Francisco

2 comentários:

  1. Nosssaaaa Valentina! Você acredita que esse era um dos temas que pensei para o meu TCC?? Pois é...acho essa história fascinante, e nas minhas pesquisas descobri este livro lá na Saraiva "1000 Dessous a History of Lingerie
    Delius, Peter; Hattstein, Markus / Taschen"!! É MUITO bom!!!!! Vale a pena você dá uma passadinha lá para folhear ou comprar né?!hehehe

    Ele custa R$64,90 e é uma ÓTIMA aquisição!! Aproveita e não deixa de passar lá no Amo Moda! para deixar seu coments..hehehe

    ADOREI o post...moda e pesquisa tem tudo haver e eu AMO!

    Bjinhusss

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  2. Obaaaaaaa!!! Vamos sim!!! Adoro conhecer pessoas e novas parceirias!! Que bom que o blog esta agradando..Tô MEGA feliz!!! Vc viu a diquinha do livro Valentina???

    Bjinhuswsss

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